quarta-feira, 6 de abril de 2011

... meu verdadeiro ser




A noite cai e com ela vem o vazio inexplicável. Talvez mais que um vazio, pois o meu coração está cheio de amor, está cheio de alegria, mas não essa noite.

A musica dança pelos cômodos, lembrando-me que a única companhia nesta noite é a solidão. Estou rodeada daqueles que se dizem amigos, estou rodeada de carinho e atenção, mas será que é o suficiente? Ou estou querendo mais do que posso? O vazio me corrói deixando rastros por onde passa, o sinal da destruição é clara quando se olha em meus olhos. Nesta noite, somente nesta noite, estou quebrada por dentro e por fora, formando milhares de pedaços que ao serem tocados desmancham nas mãos. Não toque-me, apenas o meu verdadeiro amor pode curar-me.

Verdadeiro amor... Onde está ele? Porque não está junto de mim, impedindo que eu me torne pequenos pedaços de caco?

É a noite em que todos me abandonam, é a noite que a solidão se torna mais aguda e mais sofrida. É quando nenhum ser consegue ficar ao meu lado, pois aterrorizados fogem da minha escuridão. É a noite que meu coração para de bater, é a noite que eu sou realmente... E insignificamente... Eu.