Às
vezes deito e começo a lembrar daqueles abraços quentes, daquele carinho sobre
a mão, dos sorrisos espontâneos, do olhar penetrante. Aquele olhar que me
conquistou, aquele olhar que me despia com carinho e ao mesmo tempo com fúria,
aquele olhar que me acariciava, que me banhava em luxuria, que me banhava em...
Não, não me banhava em amor, mas parecia que eu sentia, eu sentia o amor
invadir o meu intimo com aquele olhar, com aquele toque sobre minha pele. A
noite encobre minha alma na escuridão e mergulhada em sonhos começo a desejar
novamente o seu toque, os seus lábios e principalmente o seu sorriso. Nos meus
sonhos você está de mãos dadas comigo como naquela noite de frio, nos meus
sonhos você não está nos braços de outra, nos meus sonhos você não é de todas,
nos meus sonhos você é meu. E mergulhada neste mundo, minha alma se despedaça a
cada batida do meu coração, a cada respiração dada pela noite.
Eu
acordo com um sorriso nos lábios, mas logo que a escuridão se esvai e a luz do
sol me banha, a verdade sobrecai sobre meus olhos. E então um dia normal
recomeça. Sem sorrisos. Sem abraços. Sem beijos. Sem ‘querida’. Sem ‘amor’. Sem
‘minha’. Meus olhos te seguem, minha respiração faz ritmo com a tua, meus
passos são para te alcançar, minha inteligência para te impressionar, mas minha
futilidade apenas para deixar isso em sonhos. De dia um mundo normal: trabalho;
faculdade; amigos. De noite um mundo de sonhos: luxuria; paixão; amor.
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