segunda-feira, 1 de julho de 2013

Paixão passageira

Como é difícil querer escrever sobre uma pessoa que não há nada de bom para se falar dela, mas mesmo não havendo nada de bom você ainda sente falta do mesmo. Você para, pensa, e vê que não tem uma palavra que o descreva graciosamente, que faça com que o leitor sinta a saudade que você, escritor, está sentindo. No entanto, ainda que a cada momento juntos fossem de brigas, discussões ou decepções, você acaba se recordando em meio dessas memórias tristes os breves sorrisos que dava ao lado daquela pessoa. A forma como ele cantava, a forma dele dançar, o brilho no olhar quando te olhava carinhosamente. E sempre depois de uma discussão, ele colocava as duas mãos sobre o seu rosto e dizia palavra por palavra, letra por letra: "Eu te amo, e eu não vivo sem você". Então, você para de novo, e vê como: palavra por palavra, letra por letra daquela frase, era mentira. 
Ainda assim, sabendo que nada daquele sonho iria pra frente, você acaba insistindo, mas quando alguém lhe perguntava se o amava, você dizia: "Claro que não, é só pra me livrar de outros problemas". Só que a verdade sempre fora de que o amava e que tinha deixado vários fantasmas pra trás por causa dele. E por causa dele você estava seguindo em frente. E a paixão por ele era tão grande que nada e nem ninguém importava mais, e a vontade dele era insuportável que passar semanas ao lado dele parecia tão pouco. Agora, se semanas eram poucas, imagine agora sem poder ouvir a voz dele, sem tocá-lo, sem amá-lo.
Sentirei saudade pra sempre daquele cabelo cheio de tóin-tóin. Pra sempre.

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